Se o amor fosse bastante em cada coração,
todos os males do mundo acabariam.
Cada um olharia o outro como se estivesse
se olhando no espelho e teria tanta
compreensão e compaixão
como se estivesse agindo por si mesmo.
As asperezas da vida tornam as pessoas duras, amargas.
E o pior é que nem sempre elas querem se livrar
dessa carga que as tornam com o andar pesado
e a visão do futuro vaga e obscura.
Há pessoas que temos dificuldade em amar.
Difícil admitir, pois fomos feitos e criados para
amar o próximo sem querer saber o que
se esconde por detrás de seu passado
e o que vai na sua alma.
Cada um tem sua história, seus espinhos e sua cruz.
Cada um também tem sua beleza,
talvez apagada por acontecimentos,
envelhecida por esperas que nunca tiveram fim
e amargas pelo fel que a vida derrama vez ou outra.
Os altos e baixos da vida existem para todo mundo.
Mas é quase sempre, para um e para outro,
os baixos que marcam mais,
os que definem a trajetória,
marcam a vida inteira.
E quando olhamos para uma pessoa
assim cheia de cicatrizes,
como rosas secas e sem perfume,
a rejeitamos porque não queremos ficar iguais a ela.
Portanto...
uma auto-análise poderia revelar o quanto
de maneira surpreendente nos tornamos
iguais às pessoas que rejeitamos
exatamente por recolhermos no nosso coração
os mesmos sentimentos de amargura, desafeto, rejeição.
Ame cada pessoa como se para você ela
estivesse acabando de nascer e
seu coração não estivesse cheio de pré-julgamentos.
Ame como se passassem uma borracha
sobre seus erros e conseguissem ver
através de olhos de amor,
apenas o bonito que há dentro de você.
Ame como quem ama aquela flor que
atravessou sol e chuva e sobreviveu, apesar de tudo.
Ame como você gostaria de ser amado.
Ame como ama Deus.
Texto de Letícia Thompson
Nenhum comentário:
Postar um comentário